Aula 3

Getúlio Vargas x Fernando Henrique Cardoso

Getúlio Vargas governou o Brasil entre 1930 e 1945 e posteriormente entre 1950 e seu suicídio em 1954. Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil entre 1994 e 2002. Os dois presidentes foram muito controversos em sua época, mas em vias de regras conseguiram um apoio popular relativamente grande.

Um dos principais pontos controversos que une esses dois governos é a política das Privatizações que começaram no governo Collor (1989 a 1991) mas tomaram força total no governo de Fernando Henrique.

Privatizar uma empresa é vender uma empresa estatal (do governo) para outra empresa privada (quase sempre de outro país). A justificativa para as vendas é que uma empresa privada (que tem um dono) já está acostumada a uma estrutura que gere lucros, enquanto uma empresa estatal tinha como objetivo apenas fazer funcionar alguma área específica, sem visar o lucro, desta forma, muitas vezes, trazendo prejuízo ao governo, e também gerando, muitas vezes, cabides de empregos (como ninguém é dono da empresa, enquanto muitas pessoas colocavam parentes seus para várias funções)

É claro que no começo, a venda das empresas estatais pode parecer algo bom. A quantia gerada pela venda destas empresas permitiu ao Brasil viver com sobre de dinheiro entre os alunos de 1994 e 1997, garantindo popularidade ao governo de Fernando Henrique e portanto sua reeleição. Ao mesmo tempo, após o Brasil vender praticamente tudo o que poderia ser vendido, essa fonte de lucros desaparece e começa-se a perceber a falta que estas empresas poderia fazer.

Veja aqui um exemplo

Algumas indústrias ou empresas criadas no governo de Getúlio Vargas

CSN - Companhia Siderúrgia Nacional - Permitia ao Brasil produzir aço, produto básico para construção de quase toda indústria

Petrobrás - Companhia Brasileira de Petróleo, fazia desde a prospecção (busca por petróleo) até a sua extração, transformação em produtos como gasolina e distribuição em postos de gasolina

Companhia Vale do Rio Doce - Responsável pela exploração e extração de diversos tipos de minérios, que iam de ouro a materiais indispensáveis para se criar novas fábricas

FNM - Fábrica Nacional de Motores - Criava todos os tipos de motores, deste motores de fábricas, mas especialmente motores para ônibus, caminhões e outros veículos indispensáveis para o funcionamento da economia brasileira

Rede de Hidrelétricas - Entre as quais, a mais famosa a do Vale do São Francisco, no nordeste - Auxiliando a produção de energia elétrica em praticamente todas as capitais brasileiras e maiores cidades do país.

As privatizações

Eletropaulo - vendida aos EUA - distruição de energia elétrica no estado de SP

FEM - Fábrica de estruturas metálicas -  - vendida a um grupo BRA + EUA - construía outras fábricas a partir do aço da CSN

TELESP - Telefonia de São Paulo - vendida a um grupo espanhol - controlova todas as linhas telefônicas do Estado de São Paulo

Estradas - A maior parte das importantes estradas do sudeste (especialmente São Paulo) foram cedidas a empresas estrangeiras, o maior destes grupos, CCR, que controla, por exemplo a Dutra, que luga São Paulo ao Rio de Janeiro, é Portuguesa

Bancos Estaduais - A maior parte dos bancos estaduais, como o Banespa, foram vendidos a bancos internacionais, como por exemplo o Santander, da Espanha

Companhia Vale do Rio Doce - Atualmente ela é a maior companhia do Brasil e em termos de mineração de alumínio, a maior de todo o mundo. Entretanto ela foi vendida para a INCO, uma empresa canadense. Em 2009 o governo brasileiro conseguiu comprar uma parte da Vale novamente, sendo que apesar de ter sido vendida atualmente ela é "Economia Mista" ( ou seja, tem vários donos, mas um deles é o governo Brasileiro)

CSN - Companhia Siderúrgia Nacional - É a maior siderúrgica da América Latina e uma das 10 maiores do mundo, foi vendida a vários investidores diferentes, parte deles do Brasil, mas a maior porcentagem da Holanda, Inglaterra e Estados Unidos

Petrobrás - Embora o governo se gabe de dizer que a Petrobrás é brasileira, na verdade ela é uma economia mista (ou seja, parte dela é do governo brasileiro e parte foi vendida, embora a maior parte ainda seja do governo federal e do Banco do Brasil) - É a companhia que mais cresceu no mundo nos últimos 4 anos, tendo tido lucro de 224 bilhões de dólares no último ano.